18 dezembro 2012

Tempestades!


As batalhas travadas diariamente são uma constante na minha vida, mal abro os olhos sou logo cercada pela verdadeira realidade.

Há dias em que acordo sem vontade nenhuma de continuar esta guerra constante, com a qual tenho que me confrontar diariamente e da qual não posso fugir de maneira nenhuma. Resignar-me está fora de questão, porque não faz parte da minha natureza.

Tenho dias de verdadeiras tempestades (resultantes da revolta da minha realidade) e quem paga é quem está mais próximo de mim. Até chego a questionar-me como me podem aturar, porque eu própria, às vezes, não consigo aturar-me a mim própria. Esta tempestade repentina assim como vem, também se vai logo embora e fica um sol lindo, quem me conhece sabe que não passa de um descarrego de emoções acumuladas diariamente.

Sempre fui uma pessoa disse tudo o que me vem à cabeça, de tal modo que nem tenho tempo para pensar no que digo, às vezes prejudico-me com este comportamento. As palavras fogem-me da boca, contudo no instante seguinte, arrependo-me logo e verifico que às vezes até estava errada, mas tenho este feitio, o que hei-me fazer?! Acho que faz parte da minha natureza, posso fazer um esforço para mudar, mas e difícil, pois percebi que é da minha essência. Nos momentos em que me sinto mais frágil, esta minha característica só causa é mais tempestades.

Com esta mensagem quero transmitir que todos temos nossos dias menos bons. É importante que as pessoas façam um pequeno esforço para se entenderem, contudo eu preciso de fazer um esforço muito maior, pois sou eu que preciso de ajuda diariamente. O meu pai está comigo quase todo o tempo, é a pessoa que me ajuda nas minhas deslocações e é um grande amigo, se não fosse o esforço, persistência e dedicação dele, eu não estava como estou hoje em dia. Assim como o meu pai, a minha mãe é um poço sem fundo de amor. Muitas vezes é sobre eles que eu descarrego as minhas emoções.

As tempestades (aquelas reações de fúria contra as pessoas, por uma mínima confusão, mas que servem como descarga dos meus problemas) existem no quotidiano de toda a gente, e quem ousar dizer que não as tem, está a enganar-se a si próprio. Na minha opinião, devemos libertar os sentimentos como a raiva ou a mágoa que só nos prejudicam a nós próprios, porque ficamos tristes e magoados. E quem nos faz sentir assim, vai à sua vidinha e nem sequer pensa mais no assunto, é como se voasse como o vento.

 Continuo a achar que o mundo é cor-de-rosa, de tal forma que o meu irmão costuma dizer-me que eu acredito no pai natal e na fada dos dentes. Não sei desconfiar das pessoas, sou ingénua e não vejo maldade nas outras pessoas, embora hoje em dia esteja um pouco mais alerta.