22 maio 2014

Marcha

A minha marcha parece que está melhor, sinto-a mais fluída e mais controlada, finalmente adquiri a noção do movimento que é necessário efetuar para dar uns passos sozinha e sentindo-me equilibrada perdendo mais o receio.

Esta situação é recente, tenho a noção que estes movimentos novos até ficarem cimentados para se tornarem automáticos vão demorar uns bons meses e por isso tenho de continuar a trabalhar, também preciso de muita paciência minha e daqueles que estão sempre presentes diariamente no meu quotidiano, oxalá Deus o permita.

Tendo mais a perceção do meu corpo, tudo se torna mais fácil porque sei os meus limites, mas isso pode não ser muito bom, porque parece que estou a andar para um abismo que o meu cérebro não reconhece ainda, talvez devesse arriscar mais e experimentar novos desafios mas sempre com noção dos meus limites físicos.


Somente agora é que tive a perceção do movimento correto necessário para realizar a marcha, o meu cérebro percebeu que a perna direita não pode ir somente para a frente, ela também tem de dar um impulso e empurrar o pé contra o chão e para a frente. Não basta dizer que quero fazer este movimento, o meu cérebro através da repetição é que tem que interiorizá-lo. É claro que este movimento não foi adquirido espontaneamente, tiveram de ser solicitados músculos que nem me apercebia que os tinha, muito trabalho, muita paciência e muita persistência minha e dos meus terapeutas queridos a quem eu agradeço do fundo do meu coração pelo seu trabalho, seu empenho e pela sua amizade.


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